segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

ENSINAR É...



é um exercício
de imortalidade.
De alguma forma
continuamos a viver
naqueles cujos olhos
aprenderam a ver o mundo
pela magia da nossa palavra.
O professor, assim,
não morre
jamais

Rubem Alves

sábado, 6 de dezembro de 2008

SEMINÁRIO FINAL DO MULTICURSO NA BAHIA


Não é o desafio com que deparamos
Que determina quem nós somos
E o que estamos nos tornando,
Mas a maneira com que respondemos ao desafio.
Somos combatentes;
Idealistas;
Mas plenamente conscientes
Porque o ter consciência
Não nos obriga a ter teoria sobre as coisas:
Só nos obriga a sermos conscientes.
Problemas a vencer,
Liberdade para provar.
E, enquanto acreditamos no nosso sonho,
Nada é por acaso!

Henfil

A nossa comunidade escolar é composta por 100 profissionais da educação, aproximadamente 1000 alunos e mais de 2.000 pais.
Ao iniciarmos o multicurso tínhamos um grande DESAFIO. Como levar as propostas deste programa a nossa comunidade escolar, de maneira que a participação e o empenho fossem satisfatórios?
Durante os meses em que realizamos o multicurso uma coisa ficou bem clara.
Quando fomos chamados a debater, a interagir, aprender de forma colaborativa, a mediar, a trocar saberes, a construir nosso conhecimento seja através da logística e do gerenciamento dos grupos da escola ou no ambiente virtual. Tudo passou a ser familiar, pois ao longo dos quase 50 anos de história essa é a política educacional que adotamos.
O multicurso veio reforçar esta política, ao possibilitar que socializássemos os nossos projetos, os nossos desejos, as nossas conquistas, as nossas dúvidas, a nossa experiência e a nossa visão de educação com outras escolas e em especial com a comunidade de Simões Filho. “Tudo isto, é fundamental como dizia Paulo Freire para diminuir a distância entre o que se diz e o que se faz, de tal forma que, num dado momento, a nossa fala seja a nossa prática.”
Em nome da Comunidade Escolar da Escola Municipal Pio XI, desejamos que em 2009, possamos estreitar nossos laços de amizade e a nossa busca pela educação de qualidade, afinal de contas nada é por acaso!
Que deus abençoe a todos!
Marilia do Rio Martins
Gestora da Escola Municipal Pio XII

"Estamos finalizando o Multicurso e a mim coube a tarefa de ir até a Bahia, representar os professores de Charqueadas no Seminário final. Não foi uma tarefa fácil, pois representar um grupo é uma responsabilidade muito grande. Falar em nome de todo um grupo, o que foi para nós professores do município participar dessa experiência.Inicialmente houve uma expectativa muito grande, mas como tudo que é novo, causa certo receio nas pessoas, mas com a motivação do primeiro encontro o curso começou a fluir. Foi organizado no município um calendário e cada escola se organizou dentro dele.As reuniões aconteciam de quinze e quinze dias com duração de 2 horas cada encontro, outras de 4horas. Avaliando o curso com colegas da minha escola e de outras do município observa-se que as falas sobre as fragilidades eram muito semelhantes, como por exemplo:

* Os assuntos eram do nosso conhecimento, não havendo uma inovação.

* Falta de tempo para poder se aprofundar mais em cada assunto;

* Acumulo de tarefas;

* Desânimo de alguns colegas que acabavam contagiando o grupo;

* Dificuldade e acesso a tecnologia;

* A não participação efetiva de alguns colegas;

Em contra ponto os aspectos positivos citados foram bem relevantes.

* Reflexão do nosso oficio;

* Troca de experiências que repercutiram no nosso trabalho em sala de aula

* Interação;* Aproximação entre colegas;

* Forçou-nos a aprender e a usar mais a tecnologia

* Resgate de conhecimentos adormecidos* Produção em grupo;

* Crescimento e união do grupo;

* Renovação;* Desacomodação;

* Reconhecimento.

Algumas reivindicações para o próximo ano, caso o Multicurso tenha continuidade:

*Que seja opcional;

*Que seja por áreas de interesses;

*Que seja mais voltado para a parte didática e ao uso da tecnologia em sala de aula;

*Quem sabe fazer uma parceria com alguma universidade e o curso tenha validade de uma pós-graduação ou quem sabe um mestrado.

O Multicurso possibilitou um olhar mais aprofundado do nosso fazer pedagógico. Ao se valer da inserção da tecnologia nos desafiou a utilizá-la como ferramenta de interação e aprendizagem colaborativa a serviço da educação. Outro aspecto significativo foi o professor como autor, isto nos deu um acréscimo valioso de qualidade. E possibilitou um reconhecimento maior diante da nossa comunidade escolar, o trabalho das equipes diretivas das escolas e da Secretaria de Educação, que ao viabilizarem mais esta ação através do Programa nos inseriu em uma comunidade de educadores que buscam não só o reconhecimento do seu trabalho, mas a qualidade efetiva da educação em nosso município. Finalizando então, quero deixar em nome do grupo um agradecimento muito especial para a Fundação Roberto Marinho, para o grupo GERDAU e para as Secretarias de Educação de Charqueadas e de Simões Filho que nos possibilitaram a participação no Multicurso e principalmente por poder vivenciar virtual e presencial este intercâmbio entre Charqueadas e Simões Filho. Muito obrigada!!!

Daura Santos da SilvaCharqueadas-RS

domingo, 23 de novembro de 2008

QUEM É ESTE ESTRANHO PERSONAGEM????

Esta mensagem - que recebi da Marília - complementa a postagem sobre o educador bem sucedido.

sábado, 22 de novembro de 2008

O EDUCADOR BEM SUCEDIDO!



Ando lendo alguns artigos a respeito de como podemos melhorar como profissionais na educação. E um dos textos que encontrei foi de Moran, extrai uma passagem que considero importante de ser debatida.

" Não há uma única forma ou modelo. Depende muito da personalidade, competência, facilidade de aproximar e gerenciar pessoas e situações. Uma das questões que determina o sucesso profissional maior ou menor do educador é a capacidade de relacionar-se, de comunicar-se, de motivar o aluno de forma constante e competente. Alguns professores conseguem uma mobilização afetiva dos alunos pelo seu magnetismo, simpatia, capacidade de sinergia, de estabelecer um “rapport” , uma sintonia interpessoal grande. É uma qualidade que pode ser desenvolvida, mas alguns a possuem em grau superlativo, a exercem intuitivamente, o que facilita o trabalho pedagógico.
Uma das formas de estabelecer vínculos é mostrar genuíno interesse pelos alunos. Os professores de sucesso não se preparam para o fracasso, mas para o sucesso nos seus cursos. Preparam-se para desenvolver um bom relacionamento com os alunos e para isso os aceitam afetivamente antes de os conhecerem, se predispõem a gostar deles antes de começar um novo curso. Essa atitude positiva é captada consciente e inconscientemente pelos alunos que reagem da mesma forma, dando-lhes crédito, confiança, expectativas otimistas. O contrário também acontece: professores que se preparam para a aula prevendo conflitos, que estão cansados da rotina, passam consciente e inconscientemente esse mal-estar que é correspondido com a desconfiança dos alunos, com o distanciamento, com barreiras nas expectativas.
É muito tênue o que fazemos em aula para facilitar a aceitação ou provocar a rejeição. É um conjunto de intenções, gestos, palavras, ações que são traduzidos pelos alunos como positivos ou negativos, que facilitam a interação, o desejo de participar de um processo grupal de aprendizagem, de uma aventura pedagógica (desejo de aprender) ou, pelo contrário, levantam barreiras, desconfianças, que desmobilizam.
O sucesso pedagógico depende também da capacidade de expressar competência intelectual, de mostrar que conhecemos de forma pessoal determinadas áreas do saber, que as relacionamos com os interesses dos alunos, que podemos aproximar a teoria da prática e a vivência da reflexão teórica.
A coerência entre o que o professor fala e o que faz, na vida é um fator importante para o sucesso pedagógico. Se um professor une a competência intelectual, a emocional e a ética causa um profundo impacto nos alunos. Estes estão muito atentos à pessoa do professor, não somente ao que fala. A pessoa fala mais que as palavras. A junção da fala competente com a pessoa coerente é poderosa didaticamente.
As técnicas de comunicação também são importantes para o sucesso do professor. Um professor que fala bem, que conta histórias interessantes, que tem feeling para sentir o estado de ânimo da classe, que se adapta às circunstâncias, que sabe jogar com as metáforas, o humor, que usa as tecnologias adequadamente, sem dúvida consegue bons resultados com os alunos. Os alunos gostam de um professor que os surpreenda , que traga novidades, que varie suas técnicas e métodos de organizar o processo de ensino-aprendizagem.
Ensinar sempre será complicado pela distância profunda que existe entre adultos e jovens. Por outro lado, essa distância nos torna interessantes, justamente porque somos diferentes. Podemos aproveitar a curiosidade que suscita encontrar uma pessoa com mais experiência, realizações e fracassos. Um dos caminhos de aproximação ao aluno é pela comunicação pessoal de vivências, histórias, situações que o aluno ainda não conhece em profundidade. Outro é o da comunicação afetiva, da aproximação pelo gostar, pela aceitação do outro como ele é e encontrar o que nos une, o que nos identifica, o que temos em comum.
Um professor que se mostra competente e humano, afetivo, compreensivo atrai os alunos. Não é a tecnologia que resolve esse distanciamento, mas pode ser um caminho para a aproximação mais rápida: valorizar a rapidez, a facilidade com que crianças e jovens se expressam tecnologicamente ajuda a motivar os alunos, a que queiram se envolver mais. Podemos aproximar nossa linguagem da deles, mas sempre será muito diferente. O que facilita são as entrelinhas da comunicação lingüística: a entonação, os gestos aproximadores, a gestão de processos de participação e acolhimento, dentro dos limites sociais e acadêmicos possíveis.
O educador não precisa ser “perfeito” para ser um bom profissional. Fará um grande trabalho na medida em que se apresente da forma mais próxima ao que ele é naquele momento, que se “revele” sem máscaras, jogos. Quando se mostre como alguém que está atento a evoluir, a aprender, a ensinar e a aprender. O bom educador é um otimista, sem ser ‘ingênuo”. Consegue “despertar”, estimular, incentivar as melhores qualidades de cada pessoa.
Este texto faz parte do livro A educação que desejamos: Novos desafios e como chegar lá . Papirus, 2007, p. 74-81.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

EDUCAR...

PENSAMENTO...



“É fundamental diminuir a distância entre o que se diz e o que se faz, de tal forma que, num dado momento, a tua fala seja a tua prática.”

Paulo Freire

terça-feira, 11 de novembro de 2008

SER NEGRO...

Não vou dizer que ser negra foi a razão para meus insucessos. Mas posso afirmar que contribuiu. Desde bebê, passei por situações que não teria passado se fosse branca. Resolvi tornar públicas minhas inquietações, no exato momento em que um negro venceu o Campeonato de Fórmula Um e outro foi eleito presidente dos Estados Unidos. Artistas, atletas de outras modalidades que não o futebol e modelos venceram o preconceito, conseguindo sucesso na carreira. Porém, ainda há muito por fazer, ainda há muito chão para percorrer.Hoje em dia é fácil encontrar uma revista ou um programa com negros. Mas, quando eu era criança isso era raro. Cresci me achando feia, porque meu corpo não se enquadrava no padrão estético; este padrão era de pessoas brancas. Nos meios de comunicação, não apareciam negros; era como se nós não existissimos. Em menina, minha mãe mantinha meu indomável cabelo curtinho. Quando cresci, passei anos usando produtos para o manter artificialmente liso. Uma tia prendia meu nariz com prendedor de roupa, para o afinar. Usei cores de maquiagem que não combinavam com o tom de minha pele, simplesmente porque não havia opções. Além disso, tentava disfarçar minhas ancas largas e minhas nádegas protuberantes, próprias de mulheres negras, com blusas e calças largas. Enfim, eu tentava me embranquecer para ser aceita na sociedade. Por isso eu entendo o Michael Jackson e não o julgo. Talvez, se eu tivesse seu poder aquisitivo, teria tentado modificar minha aparência; não para ficar mais bonita, mas para ser feliz. Como não tenho sua conta bancária, com o passar dos anos acabei me conformando. A experiência me mostrou que ser negro, não é só uma questão de pele, mas de atitude; não adiantaria eu mudar por fora, se por dentro eu continuaria negra. Sim, porque ser negro não é só uma questão de melanina, mas de consciência. A gente passa por tanta coisa, que a cabeça fica diferente; eu posso afirmar isso por experiência própria, pois não sinto e vejo o mundo como uma pessoa branca. Simplesmente, não acontece.Meu pai morreu de cancer, há vinte anos atrás. Ele era negro e lutou até seu último minuto de vida para ser aceito pela sociedade. Ele queria ter os mesmos direitos dos brancos, uma vez que tinha os mesmos deveres. Ele era ateu, mas nunca conheci ninguém que respeitasse mais a Deus e seguisse seus princípios. Quando criança, ele não pode estudar num colégio católico em Pelotas, onde nasceu; era a melhor escola da cidade e meu avô podia bancar. Mas, os padres deixaram claro que ele sofreria hostilidades e nada poderiam fazer para as impedir. Assim, para que ele 'não sofresse', seria melhor estudar noutra escola. Ele nunca desistiu. Veio para Porto Alegre, estudou e se formou Engenheiro Agrônomo pela UFRGS. É bonito ver a foto da turma de formandos - lá está ele, o único. Aliás, ele começou fazendo engenharia civil, mas recebeu a orientação de mudar de curso, pois teria mais dificuldade em conseguir emprego... Adivinha porque? Ele foi ser funcionário público, pois teria estabilidade e melhores oportunidades. Era muito disciplinado e estudioso. Tinha opiniões firmes e não temia as expor. Só teve que maneirar suas convicções comunistas, durante a ditadura militar; ele era esperto. Sabia que a morte ou o exílio seria seu destino; assim, nunca mudou sua maneira de pensar; só fez uma retirada estratégica. Foi casado, praticamente, toda a sua vida adulta, ou seja, procurou ter estabilidade emocional e viver em familia. Ele não negava suas origens, mas queria outras alternativas que não o futebol ou a música (até porque não tinha vocação para tal); assim, batalhou muito e procurou fazer tudo como os 'brancos': ter curso superior, um bom emprego, patrimônio (casa própria, carro), conhecimento e reconhecimento. Sempre saia bem vestido e barbeado. Nos dedos, a aliança e o anel de formatura; no pulso um relógio Ômega; nos pés, sapatos de cromo alemão. Mandava para revistas e jornais seus escritos sobre a condição negra e suas teses sobre a situação da agricultura no país; ele já apregoava o 'agrobusiness', há cinqüenta anos, mas não era levado a sério. Ele sofreu muito. O preconceito se materializa em atitudes, palavras e maltrata. Só o vi chorar uma vez, quando me pediu que eu rezasse ao 'meu Deus' para o levar embora, pois seu corpo fora vencido pela doença e estava cansado. "Ele" o atendeu.TEXTO DE PENNY
Este texto é excelente para ser trabalhado no dia 20 - Dia Nacional da Consciência Negra.
Sensível, inteligente, comovente e real.

domingo, 9 de novembro de 2008

O CONSUMO CONSCIENTE

PENSE NISSO!

Fonte: Instituto Akatu

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

FELIZ ANIVERSÁRIO!



Hoje, dia 25 de setembro, é uma data muito especial: a maior blogueira do Multicurso está de aniversário!!!
É apaixonada por blogs, acredito que se pudesse - tivesse mais tempo - criaria um por dia. Tem o Terr@vist@, o Desafio, Da Colônia para o Mundo...N@veg@ sem parar, mais sempre encontra tempo para estender a mão a quem precisa, para tirar nossas dúvidas, participar das festas e é claro torcer para o seu time do coração.
Sua casa é o Estádio Beira Rio.
Ah, tenho a satisfação de tê-la como colega, na Escola Pio XII - é Coordenadora Pedagógica do Noturno.
Não encontrei maneira mais original de homenageá-la, de agradecer o quanto aprendo com ela, inclusive a importância e utilidades dos blogs. Obrigada pela paciência em sanar minhas dúvidas, pela amizade, por tudo!
Feliz Aniversário Marília do Rio Martins! Bjão

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

PROFESSOR DIGITAL

O que é necessário para um professor estar incluído digitalmente? Se você pensou que basta saber operar a parte técnica, digitar textos, jogar games ou bater -papo, errou. É preciso que o professor se aproprie das ferramentas, saiba usá-las a seu favor e coloque seus alunos a produzir com elas. Para isso são necessários alguns hábitos rotineiros em relação ao uso do computador e, especialmente, da internet.
FAÇA O TESTE
1. Possui um endereço de e-mail e 0 utiliza pelo menos duas vezes por semana (o ideal seria fazê-lo diariamente)?


2. Possui um blog, um site ou uma página atualizável na Internet onde regularmente produz, socializa e confronta seu conhecimento com outras pessoas?


3. Participa ativamente de um ou mais “grupos de discussão”, fórum ou comunidade virtual ligada à sua atividade educacional?


4. Possui algum programa de troca de mensagens on-line, como o MSN, com, no mínimo, dois colegas de profissão em sua “lista de contatos” e usa para fins profissionais pelo menos uma vez por semana, em média?sim


5. Assina algum periódico on-line (mesmo que gratuito) sobre notícias e novidades relacionadas à educação ou à sua disciplina específica, e o lê regularmente?


6. Prepara rotineiramente provas, resumos, tabelas, roteiros e materiais didáticos diversos usando um processador de textos (como o Word, por exemplo), uma planilha eletrônica (como o Excel) ou um programa de apresentações multimídia (como o PowerPoint)?


7. Faze pesquisa na Internet regularmente com vistas à preparação de suas aulas (no mínimo) e, preferencialmente, mantém um banco de dados de sites úteis para sua disciplina e para a educação em geral. Melhor ainda seria compartilhar esse banco de dados com colegas e alunos? 8. Prepara pelo menos uma aula por bimestre sobre um tema de sua disciplina onde os alunos usarão os computadores e a Sala de Informática de forma produtiva e não apenas para “matar o tempo”?


9. Mantém contato com o computador por, pelo menos, uma hora diária, em média?


10. Mantém-se atento para as novas possibilidades de uso pedagógico das novas tecnologias que surgem continuamente e tenta implementar novas metodologias em suas aulas?


Cada item em que você tiver resposta afirmativa vale um ponto.


Se você somar mais que cinco pontos, já pode se considerar incluído no mundo digital.Esse teste foi elaborado pelo professor José Carlos Antonio, publicado no Portal Educarede.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

O SER HUMANO E A MULTIPLICIDADE DE IDENTIDADES

Diversidade Cultural
view presentation (tags: cultura none)
Fonte: Dilson Catarino, in: http://www.slideshare.net

segunda-feira, 21 de julho de 2008

20 DE JULHO - DIA DO AMIGO

"A glória da amizade não é a mão estendida,
nem o sorriso carinhoso,
nem mesmo a delícia da companhia.
É a inspiração espiritual que vem quando
você descobre que alguém
acredita e confia em você."
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sexta-feira, 18 de julho de 2008

CLANDESTINO

A EDUCAÇÃO DO SÉCULO XXI: UMA EXPERIÊNCIA MULTICULTURAL
Esta música de Manu Chao fala sobre as dificuldades enfrentadas por um imigrante no mundo global.

Clandestino (tradução)

Manu Chao

Sozinho vou com minha dor
Escolho minha sentença
Correr é meu destino
Para fim da lei

Perdido no coração
Da grande babilônia
Me diz o clandestino
Para não fazer exame de lei
De uma cidade do norte
Parti para trabalhar
À esquerda minha vida
Entre Celta e Gibraltar

Sou uma arraia no mar
Fantasma da cidade
Minha vida é proibida
Diz a autoridade

Sozinho vou com minha dor
Escolho minha sentença
Correr é meu destino
Para fim da lei

Perdido no coração
Da grande babilônia
Me diz o clandestino
Que eu sou quebra lei

Irmã negra clandestina
Peruano clandestino
Africano clandestino
Marijuana ilegal

Sozinho eu vou com minha dor
Escolho minha sentença
Correr é meu destino
Para fim da lei

Perdido no coração
Da grande babilônia
Me diz o clandestino
Não fazer exame de lei

Argelino clandestino
Nigeriano clandestino
Boliviano clandestino
Irmã negra ilegal

segunda-feira, 14 de julho de 2008

UMA GRANDE LIÇÃO

"O verdadeiro ato de descoberta
não consiste em encontrar novas terras,
mas em vê-las com novos olhos." Proust
Uma homenagem das blogueiras do Grupo DESAFIO a Olive Riley, que faleceu sábado (12/07/08), aos 108 anos, considerada a blogueira mais velha do mundo.
Seguindo a idéia de um amigo criou um blog para contar suas experiências - inclusive 2 Guerras Mundiais - , exercitar a mente e se comunicar com o mundo.
Desde fevereiro de 2007 postou mais de 70 textos.
Um belo exemplo a ser seguido.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

PARADA OBRIGATÓRIA - 4º ENCONTRO

Em nosso 4º encontro criamos coletivamente a árvore que representa a visão que temos do professor.

AQUI ESTOU ...

O grupo DESAFIO é composto por 17 professores que são muito amigos, tanto no ambiente escolar, quanto fora dele.

Dedico esta mensagem a todos, em especial, à Rita, Eva, Leni e Márcio.

Um grande abraço!

PARA REFLETIRMOS

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quinta-feira, 3 de julho de 2008

NA ERA DIGITAL, PROFESSORES COMPETEM COM A INTERNET

Desafios

"Em entrevista a O LIBERAL (04/09/2007), na cidade de Belém, Içami Tiba falou sobre a educação na 'Era Digital', a relação entre pais e filhos numa sociedade às pressas e sobre as conseqüências do problemático ensino brasileiro:

[...]

Com tantos outros recursos audiovisuais e tantas fontes de informação mais dinâmicas, como manter a disciplina e assegurar a atenção de alunos dentro de uma sala de aula?
Os professores insistem em manter uma disciplina na posição vertical, de cima para baixo, mas os jovens vivem, hoje, com tudo ao alcance da ponta dos dedos. São dois contextos diferentes: quando uma pessoa quer aprender, fica sossegada; mas quando não quer, ou a matéria não é interessante para o aluno, ou ele não tem disposição para aprender nada e é indisciplinado. Se o professor achar que é a fonte única de informações, está perdido. É necessário somar o que interessa aos jovens e mudar de posição. Ele não é obrigado a saber mais que o aluno, mas precisa ter habilidade para gerenciar o conhecimento. O professor atual deve compartilhar a liderança, na autoridade do ensinante, e o aprendiz também passa a ser o que ensina. No fundo, o educador nunca vai perder a liderança, mas pode emprestar o microfone para o aluno.


Qual o papel da chamada 'Era Digital' na educação, enquanto norteadora das atitudes dos jovens?
Como a educação não mudou e se adaptou, está perdida. A saída é enfiar computadores nas classes, e não simplesmente aumentar salários. Hoje, há três tipos de analfabetos: os que não sabem ler e escrever, os que sabem mas não conseguem compreender as idéias, e os analfabetos digitais. Se não dá para colocar um computador para cada aluno, que coloque quantos forem possíveis, mas é preciso acompanhar o processo.


E no caso dos pais, devem auxiliar a educação escolar até que ponto? E como cobrar a plena participação deles numa sociedade onde o tempo é cada vez mais escasso?
Os pais estão sendo exigidos no lugar errado. A cidadania familiar é a parte da educação em que os pais precisam evoluir e atualizar seu papel, para não ficar na concepção do pai de antigamente, aquele 'macho alfa', de voz grossa e paciência curta. É necessário trocar idéias com o filho. Assim como a dos professores, precisa haver outra liderança compartilhada, só que em casa. Atualmente, os pais querem ganhar mais para dar mais para os filhos. Mas será que eles precisam de tanto? Se ele quer um celular porque um amigo tem, os pais precisarem dar? Não é melhor dar quando o filho realmente precise, ou para quando o pai quiser falar com o filho? É preciso acompanhar a vida dos filhos. Caso não dê para falar, ligue na hora do café, acesse o orkut ou o blog do filho. Muito do que os pais querem saber sobre os filhos, às vezes, já é de conhecimento de muita gente.


Quais os principais erros dos pais na formação dos filhos adolescentes?
Os adolescentes estão muito distantes dos pais. Não adianta falar em letra de forma se o filho está no teclado. É natural que os filhos absorvam as novidades do mundo. Uma pena é que os pais só se atualizem quando precisam profissionalmente. Quem não colocar a educação como prioridade em casa não tem direito de reclamar. Chefe de família precisa ter liderança e atitude, não pode ficar reclamando dos problemas o tempo todo. Hoje, há tantos meios de informação sobre essas questões.


Segundo a célebre frase de Paulo Freire, 'educação é um ato político'. O senhor concorda?
Tamanho é um ato político que o maior prejuízo da educação é um ato político. No mundo, não existe um lugar como o Brasil, em que um aluno não estuda durante quatro anos e recebe um diploma no final. Os alunos rendem cada vez menos e acham que são espertos. Colocam de lado e acham até perda de tempo quem estuda 12 horas por dia.


Brasil é um país conhecido pelos baixos investimentos em educação. Quais as conseqüências práticas disso para a sociedade brasileira?
É um prédio alto sem alicerce. Esse é, inclusive, um dos motivos que me fez sair do rumo acadêmico. Recebia pessoas na pós-graduação que mal sabiam escrever, não dominavam nem a própria língua. Hoje, você vai a uma universidade e vê as condições em que um brasileiro estuda. Nos Estados Unidos, que possuem mais da metade das universidades do mundo, o ensino superior está repleto de estrangeiros, muitos deles brasileiros. Ou seja, ocorre um êxodo da inteligência. Para que se formem e tenham respeito no país, precisam estudar fora."

Fonte: http://www.tiba.com.br

sábado, 28 de junho de 2008

"OITO ANOS", Adriana Calcanhoto


"LUGAR NENHUM", Titãs


.

No material do multicurso existem algumas sugestões de leituras de textos, de filmes e músicas que podem ajudar-nos no debate. Confira algumas delas!

sexta-feira, 27 de junho de 2008


Um ser humano é uma parte
do todo a que chamamos Universo.
Uma parte limitada no tempo e no espaço.
Ele concebe a si mesmo como algo
separado de todo o resto.
É como se fosse uma espécie de ilusão
de óptica da sua consciência.
Essa ilusão é tipo de prisão para nós, restringindo-nos aos
nossos desejos pessoais.
Nossa tarefa deve ser libertarmo-nos
dessa prisão ampliando o nosso círculo
de compaixão, de maneira a abranger
todas as criaturas vivas e toda
a natureza em sua beleza.”


Albert Einstein



Coordenadores:

Márcio e Anira

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Ninguém nasce racista!




O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ainda utiliza o termo ‘raça’ como sinônimo de cor, ao obter a distribuição das cores de pele (branca, preta, amarela, parda, indígena) no Brasil, embora seu uso seja mais uma construção social e cultural do que biológica. A divisão em ‘raças’ somente contribuiu para dar origem ao racismo que, por sua vez, gera discriminação e o preconceito segregacionista.
Com a definição e o mapeamento do genoma humano, cientificamente não existem diferenças entre os homens, visto que pessoas de regiões diferentes não se diversificaram suficientemente para caracterizar raças em um sentido biológico. O homem se distribuiu geograficamente adquirindo características físicas (cor da pele, formato dos olhos, altura, pêlos) de acordo com o ambiente, não existindo, portanto, diferenças biológicas entre eles. Somos todos pertencentes à raça humana.

A discriminação e preconceito contra cor não são cabíveis, inclusive a uma população bastante heterogênea como a brasileira, formada por diferentes linhagens ancestrais.

Fonte: www.ufv.br/.../maio2005/biologiaemfoco41.htm

Ninguém nasce racista.
Qual é o papel da escola na construção das identidades?
Queremos saber sua opinião.

"Não se trata de se adaptar às tecnologias, mas de acompanhar as mutações da civilização Global!" Pierre Levy

terça-feira, 24 de junho de 2008

sexta-feira, 20 de junho de 2008

AUTORIDADE...


No Roteiro 4 uma das questões levantadas é sobre AUTORIDADE que segundo Celso Vasconcellos "Não existe autoridade “em si”: a autoridade se define sempre em contextos históricos concretos. Um primeiro grande desafio para a constituição da autoridade do professor é a necessidade de re-significar o espaço escolar, ganhar clareza sobre qual é de fato o papel da escola hoje, porque será justamente neste espaço social que o professor exercerá sua autoridade, que obviamente carecerá de sentido se a própria instituição não conseguir justificar sua existência. Um segundo desafio é o professor se refazer, se reconstruir depois deste turbilhão todo a que foi – e ainda está - submetido. A motivação do professor está profundamente vinculada ao sentido que ele atribui ao seu trabalho, à sua profissão. Entendo que aquilo que nos coloca no centro da crise é, contraditoriamente, o que pode nos tirar dela: o sentido. Se o professor é aquele que trabalha com a produção de sentido (através do ensino, qual seja, da apropriação crítica, criativa, significativa e duradoura dos elementos fundamentais da cultura), se há uma profunda crise de sentido, nunca como hoje foi o tempo do professor, na sua compreensão radical e não de mero piloto de livro didático ou de apostila. "
Queremos saber sua opinião!
Não deixe de comentar. Compartilhe conhecimento! Em caso de dúvida, clique aqui.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

A EPISTEMOLOGIA GENÉTICA DE JEAN PIAGET

"Assim é que a criança aprende, captando habilidades pelos dedos das mãos e dos pés para dentro de si. Absorvendo hábitos e atitudes dos que a rodeiam, empurrando e puxando o seu próprio mundo. Assim é que a criança aprende, mais por experiência do que por erro, mais por prazer do que pelo sofrimento, mais pela experiência do que pela sugestão e mais pela sugestão do que pela direção. E assim a criança aprende pela afeição, pelo amor, pela paciência, pela compreensão, por pertencer, por fazer e por ser. Dia a dia, a criança passa a saber um pouco mais do que você pensa e entende. Aquilo que você sonha e crê é, na verdade, o que essa criança se está tornando. Se você percebe confusa ou claramente, se pensa nebulosa ou agudamente, se acredita tola ou sabiamente, se sonha sonhos sem graça ou dourados, se você mente ou diz a verdade, é assim que a criança aprende."
Fonte: Frederick Molfeti, 1999.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Conhecendo melhor o Rio Grande do Sul

Aproveito este espaço para compartilhar este vídeo criado na Escola Pio XII, em uma oficina de Movie Maker, dentro do projeto de Intercâmbio Digital Brasil e Portugal, que mostra um pouco de nosso estado.

Poesias,músicas, paisagem...um pouco de nossa terra.

Aos amigos da Bahia e do Rio , que visitarem nosso blog, um gostinho do Rio Grande e um forte abraço!

Uma mensagem dos gaúchos para os baianos e cariocas do multicurso


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Mensagem do 3º Encontro do Grupo Desafio.

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Isto faz diferença!


O poema abaixo foi postado pela professora Elaine em seu blog do Multicurso. As suas palavras traduzem um pouco o sentimento de como é bom poder estar, trabalhar e fazer o que se gosta.


Eu, todos

Sentir o sol dourar

sentir o vento voar

sentir a vida

amar

sentir as horas

e estar comigo mesma

e

com tudo

e com todos...


ESCREVI ESTES VERSOS NUMA MANHÃ DE SOL, LINDA...LINDA...PENSEI: _É MUITO BOM NÂO VIVER SÓ...AS PESSOAS COM AS QUAIS EU CONVIVO SÃO MUITO IMPORTANTES , SEM ELAS EU NÃO SERIA TÃO FELIZ ! (EU ESTAVA NA ESCOLA)

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Encontros e Despedidas


Hoje li uma postagem no blog da Ana Regina do Grupo Desafio no Ambiente Virtual do Multicurso que achei importante que também estivesse registrado neste espaço. Diz ela:
" Fernandão foi embora do Inter no sábado. Fiquei muito triste como todos os colorados, pois ele foi o símbolo de todas as grandes vitórias do meu time. Uma pessoa sem igual, carismático, agregador e exemplo dentro e fora do campo. Comparei sua partida com aqueles ótimos alunos, que por um motivo ou outro, partem das escolas deixando saudades e fiquei a pensar no vai e vem da vida... Tem gente que chega pra ficar, tem gente que vai pra nunca mais...

domingo, 15 de junho de 2008

ENTREVISTA COM ANTÔNIO NÓVOA - O PROFESSOR PESQUISADOR E REFLEXIVO

Nome: Antonio Nóvoa
Formação: Doutor em Educação e catedrático da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Lisboa.



O paradigma do professor reflexivo, isto é, do professor que reflete sobre a sua prática, que pensa, que elabora em cima dessa prática, é o paradigma hoje em dia dominante na área de formação de professores. Por vezes é um paradigma um bocadinho retórico e eu, um pouco também, em jeito de brincadeira, mais de uma vez já disse que o que me importa mais é saber como é que os professores refletiam antes que os universitários tivessem decidido que eles deveriam ser professores reflexivos. Identificar essas práticas de reflexão – que sempre existiram na profissão docente, é impossível alguém imaginar uma profissão docente em que essas práticas reflexivas não existissem – tentar identificá-las e construir as condições para que elas possam se desenvolver .

Salto: Professor, o que é ser professor hoje? Ser professor atualmente é mais complexo do que foi no passado?
Nóvoa: É difícil dizer se ser professor, na atualidade, é mais complexo do que foi no passado, porque a profissão docente sempre foi de grande complexidade. Hoje, os professores têm que lidar não só com alguns saberes, como era no passado, mas também com a tecnologia e com a complexidade social, o que não existia no passado. Isto é, quando todos os alunos vão para a escola, de todos os grupos sociais, dos mais pobres aos mais ricos, de todas as raças e todas as etnias, quando toda essa gente está dentro da escola e quando se consegue cumprir, de algum modo, esse desígnio histórico da escola para todos, ao mesmo tempo, também, a escola atinge uma enorme complexidade que não existia no passado. Hoje em dia é, certamente, mais complexo e mais difícil ser professor do que era há 50 anos, do que era há 60 anos ou há 70 anos. Esta complexidade acentua-se, ainda, pelo fato de a própria sociedade ter, por vezes, dificuldade em saber para que ela quer a escola. A escola foi um fator de produção de uma cidadania nacional, foi um fator de promoção social durante muito tempo e agora deixou de ser. E a própria sociedade tem, por vezes, dificuldade em ter uma clareza, uma coerência sobre quais devem ser os objetivos da escola. E essa incerteza, muitas vezes, transforma o professor num profissional que vive numa situação amargurada, que vive numa situação difícil e complicada pela complexidade do seu trabalho, que é maior do que no passado. Mas isso acontece, também, por essa incerteza de fins e de objetivos que existe hoje em dia na sociedade.
Salto: Como o senhor entende a formação continuada de professores? Qual o papel da escola nessa formação?
Nóvoa – Durante muito tempo, quando nós falávamos em formação de professores, falávamos essencialmente da formação inicial do professor. Essa era a referência principal: preparavam-se os professores que, depois, iam durante 30, 40 anos exercer essa profissão. Hoje em dia, é impensável imaginar esta situação. Isto é, a formação de professores é algo, como eu costumo dizer, que se estabelece num continuum. Que começa nas escolas de formação inicial, que continua nos primeiros anos de exercício profissional. Os primeiros anos do professor – que, a meu ver, são absolutamente decisivos para o futuro de cada um dos professores e para a sua integração harmoniosa na profissão – continuam ao longo de toda a vida profissional, através de práticas de formação continuada. Estas práticas de formação continuada devem ter como pólo de referência as escolas. São as escolas e os professores organizados nas suas escolas que podem decidir quais são os melhores meios, os melhores métodos e as melhores formas de assegurar esta formação continuada. Com isto, eu não quero dizer que não seja muito importante o trabalho de especialistas, o trabalho de universitários nessa colaboração. Mas a lógica da formação continuada deve ser centrada nas escolas e deve estar centrada numa organização dos próprios professores.
Salto: Que competências são necessárias para a prática do professor?
Nóvoa – Provavelmente na literatura, nos textos, nas reflexões que têm sido feitas ao longo dos últimos anos, essa tem sido a pergunta mais freqüentemente posta e há uma imensa lista competências. Estou a me lembrar que ainda há 3 ou 4 dias estive a ver com um colega meu estrangeiro, justamente, uma lista de 10 competências para uma profissão. Podíamos listar aqui um conjunto enorme de competências do ponto de vista da ação profissional dos professores.
Resumindo, eu tenderia a valorizar duas competências: a primeira é uma competência de organização. Isto é, o professor não é, hoje em dia, um mero transmissor de conhecimento, mas também não é apenas uma pessoa que trabalha no interior de uma sala de aula. O professor é um organizador de aprendizagens, de aprendizagens via os novos meios informáticos, por via dessas novas realidades virtuais. Organizador do ponto de vista da organização da escola, do ponto de vista de uma organização mais ampla, que é a organização da turma ou da sala de aula. Há aqui, portanto, uma dimensão da organização das aprendizagens, do que eu designo, a organização do trabalho escolar e esta organização do trabalho escolar é mais do que o simples trabalho pedagógico, é mais do que o simples trabalho do ensino, é qualquer coisa que vai além destas dimensões, e estas competências de organização são absolutamente essenciais para um professor.
Há um segundo nível de competências que, a meu ver, são muito importantes também, que são as competências relacionadas com a compreensão do conhecimento. Há uma velha brincadeira, que é uma brincadeira que já tem quase um século, que parece que terá sido dita, inicialmente, por Bernard Shaw, mas há controvérsias sobre isso, que dizia que: “quem sabe faz, quem não sabe ensina”.
Hoje em dia esta brincadeira podia ser substituída por uma outra: “quem compreende o conhecimento”. Não basta deter o conhecimento para o saber transmitir a alguém, é preciso compreender o conhecimento, ser capaz de o reorganizar, ser capaz de o reelaborar e de transpô-lo em situação didática em sala de aula. Esta compreensão do conhecimento é, absolutamente, essencial nas competências práticas dos professores. Eu tenderia, portanto, a acentuar esses dois planos: o plano do professor como um organizador do trabalho escolar, nas suas diversas dimensões e o professor como alguém que compreende, que detém e compreende um determinado conhecimento e é capaz de o reelaborar no sentido da sua transposição didática, como agora se diz, no sentido da sua capacidade de ensinar a um grupo de alunos.
Salto: O que é ser professor pesquisador e reflexivo? E, essas capacidades são inerentes à profissão do docente?
Nóvoa – O paradigma do professor reflexivo, isto é, do professor que reflete sobre a sua prática, que pensa, que elabora em cima dessa prática é o paradigma hoje em dia dominante na área de formação de professores. Por vezes é um paradigma um bocadinho retórico e eu, um pouco também, em jeito de brincadeira, mais de uma vez já disse que o que me importa mais é saber como é que os professores refletiam antes que os universitários tivessem decidido que eles deveriam ser professores reflexivos. Identificar essas práticas de reflexão – que sempre existiram na profissão docente, é impossível alguém imaginar uma profissão docente em que essas práticas reflexivas não existissem – tentar identificá-las e construir as condições para que elas possam se desenvolver.
Eu diria que elas não são inerentes à profissão docente, no sentido de serem naturais, mas que elas são inerentes, no sentido em que elas são essenciais para a profissão. E, portanto, tem que se criar um conjunto de condições, um conjunto de regras, um conjunto de lógicas de trabalho e, em particular, e eu insisto neste ponto, criar lógicas de trabalho coletivos dentro das escolas, a partir das quais – através da reflexão, através da troca de experiências, através da partilha – seja possível dar origem a uma atitude reflexiva da parte dos professores. Eu disse e julgo que vale a pena insistir nesse ponto.
A experiência é muito importante, mas a experiência de cada um só se transforma em conhecimento através desta análise sistemática das práticas. Uma análise que é análise individual, mas que é também coletiva, ou seja, feita com os colegas, nas escolas e em situações de formação.
Salto: E o professor pesquisador?
Nóvoa – O professor pesquisador e o professor reflexivo, no fundo, correspondem a correntes diferentes para dizer a mesma coisa. São nomes distintos, maneiras diferentes dos teóricos da literatura pedagógica abordarem uma mesma realidade. A realidade é que o professor pesquisador é aquele que pesquisa ou que reflete sobre a sua prática. Portanto, aqui estamos dentro do paradigma do professor reflexivo. É evidente que podemos encontrar dezenas de textos para explicar a diferença entre esses conceitos, mas creio que, no fundo, no fundo, eles fazem parte de um mesmo movimento de preocupação com um professor que é um professor indagador, que é um professor que assume a sua própria realidade escolar como um objeto de pesquisa, como objeto de reflexão, com objeto de análise. Mas, insisto neste ponto, a experiência por si só não é formadora. John Dewey, pedagogo americano e sociólogo do princípio do século, dizia: “quando se afirma que o professor tem 10 anos de experiência, dá para dizer que ele tem 10 anos de experiência ou que ele tem um ano de experiência repetido 10 vezes”. E, na verdade, há muitas vezes esta idéia. Experiência, por si só, pode ser uma mera repetição, uma mera rotina, não é ela que é formadora. Formadora é a reflexão sobre essa experiência, ou a pesquisa sobre essa experiência.
Salto: A sociedade espera muito dos professores. Espera que eles gerenciem o seu percurso profissional, tematizem a própria prática, além de exercer sua prática pedagógica em sala de aula. Qual a contrapartida que o sistema deve oferecer aos professores para que isso aconteça?
Nóvoa – Certamente, nas entrelinhas da sua pergunta, há essa dimensão. Há hoje um excesso de missões dos professores, pede-se demais aos professores, pede-se demais as escolas.
As escolas, talvez, resumindo numa frase (...), as escolas valem o que vale a sociedade. Não podemos imaginar escolas extraordinárias, espantosas, onde tudo funciona bem numa sociedade onde nada funciona. Acontece que, por uma espécie de um paradoxo, as coisas que não podemos assegurar que existam na sociedade, nós temos tendência a projetá-las para dentro da escola e a sobrecarregar os professores com um excesso de missões. Os pais não são autoritários, ou não conseguem assegurar a autoridade, pois se pede ainda mais autoridade para a escola. Os pais não conseguem assegurar a disciplina, pede-se ainda mais disciplina a escola. Os pais não conseguem que os filhos leiam em casa, pede-se a escola que os filhos aprendam a ler. É legítimo eles pedirem sobre a escola, a escola está lá para cumprir uma determinada missão, mas não é legítimo que sejam uma espécie de vasos comunicantes ao contrário. Que cada vez que a sociedade tem menos capacidade para fazer certas coisas, mais sobem as exigências sobre a escola.
E isto é um paradoxo absolutamente intolerável e tem criado para os professores uma situação insustentável do ponto de vista profissional, submetendo-os a uma crítica pública, submetendo-os a uma violência simbólica nos jornais, na sociedade, etc. o que é absolutamente intolerável. Eu creio que os professores podem e devem exigir duas coisas absolutamente essenciais que são:
· Uma, é calma e tranqüilidade para o exercício do seu trabalho, eles precisam estar num ambiente, eles precisam estar rodeados de um ambiente social, precisam estar rodeados de um ambiente comunitário que lhes permita essa calma e essa tranqüilidade para o seu trabalho. Quer dizer, não é possível trabalhar pedagogicamente no meio do ruído, no meio do barulho, no meio da crítica, no meio da insinuação. É absolutamente impossível esse tipo de trabalho. As pessoas têm que assegurar essa calma e essa tranqüilidade.
· E, por outro lado, é essencial ter condições de dignidade profissional. E esta dignidade profissional passa certamente por questões materiais, por questões do salário, passa também por boas questões de formação, e passa por questões de boas carreiras profissionais. Quer dizer, não é possível imaginar que os professores tenham condições para responder a este aumento absolutamente imensurável de missões, de exigências no meio de uma crítica feroz, no meio de situações intoleráveis, de acusação aos professores e às escolas.
Eu creio que há, para além dos aspectos sociais de que eu falei a pouco – e que são aspectos extremamente importantes, porque no passado os professores não tiveram, por exemplo, os professores nunca tiveram situações materiais e econômicas muito boas, mas tinham prestígio e uma dignidade social que, em grande parte completavam algumas dessas deficiências – para além desses aspectos sociais de que eu falei a pouco e que são essenciais para o professor no novo milênio, neste milênio que estamos, eu creio que pensando internamente a profissão, há dois aspectos que me parecem essenciais. O primeiro é que os professores se organizem coletivamente – e esta organização coletiva não passa apenas, eu insisto bem, apenas pelas tradicionais práticas associativas e sindicais – passa também por novos modelos de organização, como comunidade profissional, como coletivo docente, dentro das escolas, por grupos disciplinares e conseguirem deste modo exercer um papel com profissão, que é mais ampla do que o papel que tem exercido até agora. As questões dos professorado enquanto coletivo parecem-me essenciais. Sem desvalorizar as questões sindicais tradicionais, ou associativas, creio que é preciso ir mais longe nesta organização coletiva do professorado.
O segundo ponto – e que tem muito a ver também com formação de professores – passa pelo que eu designo como conhecimento profissional. Isto é, há certamente um conhecimento disciplinar que pertence aos cientistas, que pertence às pessoas da história, das ciências, etc., e que os professores devem de ter. Há certamente um conhecimento pedagógico que pertence, às vezes, aos pedagogos, às pessoas da área da educação que os professores devem de ter também. Mas, além disso há um conhecimento profissional que não é nem um conhecimento científico, nem um conhecimento pedagógico, que é um conhecimento feito na prática, que é um conhecimento feito na experiência, como dizia há pouco, e na reflexão sobre essa experiência.
A valorização desse conhecimento profissional, a meu ver, é essencial para os professores neste novo milênio. Creio, portanto, que minha resposta passaria por estas duas questões: a organização como comunidade profissional e a organização e sistematização de um conhecimento profissional específico dos professores.
Salto: O senhor diz em um texto que a sua intenção é olhar para o presente dos professores, identificando os sentidos atuais do trabalho educativo. Em relação ao Brasil o que o senhor vê: o que já avançou na formação dos professores brasileiros e o que ainda precisa avançar?
Nóvoa – É muito difícil para mim e nem seria muito correto estar a tecer grandes considerações sobre a realidade brasileira. Primeiro porque é uma realidade que, apesar de eu cá ter vindo algumas vezes, que eu conheço ainda mal, infelizmente, espero vir a conhecer melhor e, por outro lado, porque não seria (...) da minha parte tecer grandes considerações sobre isso.
No entanto, eu julgo poder dizer duas coisas. A primeira é que os debates que há no Brasil sobre formação de professores e sobre a escola são os mesmos debates que se tem um pouco por todo mundo. Quem circula, como eu circulo, dentro dos diversos países europeus, na América do Norte e outros lugares, percebe que estas questões, as questões que nos colocam no final das palestras, as perguntas que nos fazem são, regra geral, as mesmas de alguns países para os outros. Não há, portanto, uma grande especificidade dos fatos travados no Brasil em relação a outros países do mundo e, em particular, em relação a Portugal.
Creio que houve, obviamente, avanços enormes na formação dos professores nos últimos anos, mas houve também grandes contradições. E a contradição principal que eu sinto é que se avançou muito do ponto de vista da análise teórica, se avançou muito do ponto de vista da reflexão, mas se avançou relativamente pouco das práticas da formação de professores, da criação e da consolidação de dispositivos novos e consistentes de formação de professores. E essa decalagem entre o discurso teórico e a prática concreta da formação de professores é preciso ultrapassá-la e ultrapassá-la rapidamente. Devo dizer, no entanto, também, que se os problemas são os mesmos, se as questões são as mesmas, se o nível de reflexão é o mesmo, eu creio que a comunidade científica brasileira está ao nível das comunidades científicas ou pedagógicas dos outros países do mundo. Se essas realidades são as mesmas é evidente que há um nível, que eu diria, um nível material, um nível de dificuldades materiais, de dificuldades materiais nas escolas, de dificuldades materiais relacionadas com os salários dos professores, de dificuldades materiais relacionadas com as condições das instituições de formação de professores que são, provavelmente, mais graves no Brasil do que em outros países que eu conheço.
Terão aqui, evidentemente, problemas que têm a ver com as dificuldades históricas de desenvolvimento da escola no Brasil e das escolas de formação de professores e que, portanto, é importante enfrentá-los e enfrentá-los com coragem e enfrentá-los de forma não ingênua, mas também de forma não derrotista. Creio, por isso, que devemos perceber que no Brasil, como nos outros países, as perguntas são as mesmas, as nossas empolgações são as mesmas, mas é verdade que há aqui por vezes dificuldades que eu chamaria de ordem material, maiores do que as existem em outros países e que é absolutamente essencial que com a vossa capacidade de produzir ciência, com a vossa capacidade de fazer escola e com a vossa capacidade de acreditar como educadores possam ultrapassar essas dificuldades nos próximos anos. E esses são, sinceramente, os meus desejos e na medida que meu contributo, pequeno que ele seja, possa ser dado, podem, evidentemente, contar comigo para essa tarefa.
Fonte: (Entrevista concedida em 13 de setembro 2001) Programa Salto Para o Futuro! Compartilhe conosco sua opinião sobre este artigo!

Teoria e prática: duas faces da mesma moeda


Os debates entre teoria e prática são infindáveis. Os defensores da prática alegam que a teoria é pouco efetiva, uma vez que sua aplicação é sujeita a condições específicas e particulares. Por outro lado, aqueles que defendem a teoria alegam que os conceitos são as verdadeiras fontes do saber e do conhecimento. Os argumentos utilizados por quem defende o pragmatismo e os teóricos são fortes, consistentes, providos de lógica e amparados por vivências e valores pessoais – talvez por isso os posicionamentos se mostrem tão parciais. As respostas a esses embates podem ser embasadas nos estudos acerca das teorias do filósofo e professor norte-americano John Dewey (1859-1952) e de seu seguidor (orientando em seu doutoramento) Donald Schön (1930-1997) sobre o "Professor Reflexivo". Segundo Dewey, o aprendizado só ocorre quando há uma situação de problema real para se resolver. Com base nos conhecimentos teóricos e na experiência prática é possível solucionar o problema passando por cinco fases: caracterização da situação problemática; desenvolvimento da sugestão, observação e experiência; reelaboração intelectual; e verificação dos resultados. A fase mais relevante neste processo é a reelaboração intelectual, por se caracterizar pela formulação de novas idéias, cuja riqueza é diretamente proporcional aos conhecimentos, vivência e experiência da pessoa. O "Professor Reflexivo" deve efetuar o coaching de seus alunos, auxiliando-os a "aprender a pensar" a partir de seus conhecimentos e experiências. Para alcançar esse objetivo, pode estimular o raciocínio dos estudantes por meio de perguntas, questionamentos, apresentações de premissas (verdadeiras e falsas), simulações e debate de conclusões. Neste enfoque, o aluno deixa de ser o "objeto" de ensino do professor e passa a ser o "sujeito" de seu aprendizado. Intencionalmente, o termo "coaching" não foi traduzido para o português porque representa, na língua inglesa, aquele que lidera, treina, ensina, monitora, acompanha, incentiva e encoraja. De acordo com os pensamentos de Schön, a formação dos profissionais passa por uma prática orientada com um forte componente na reflexão a partir de soluções de problemas reais, possibilitando que o profissional em formação enfrente situações novas e aprenda a tomar decisões. O conhecimento é demonstrado pelos profissionais quando executam uma ação, mas há três conceitos diferentes de reflexão relacionados a ela: reflexão na ação – é o pensar o que se faz no decurso da ação sem interrompê-la, provocando reformulação do que está sendo feito, pois o profissional vivencia situações que extrapolam suas experiências prévias, tendo, porém, o conhecimento como base para a ação; reflexão sobre a ação – reconstrução mental da ação, analisando-a retrospectivamente e incorporando-a ao seu repertório de experiências adquiridas; e, reflexão sobre a reflexão na ação – é o processo que leva o profissional a progredir no seu desenvolvimento e construir sua forma pessoal de conhecer. Se, por um lado, a reflexão na ação pode ser considerada um processo mental quase automático, a reflexão sobre a ação é intencional, exigindo da pessoa pré-disposição e vontade. O conjunto de reflexões sobre a ação é que determina a construção do saber, que pode ser considerada uma conseqüência das reflexões intencionais efetuadas. Desta forma, o "Professor Reflexivo" é aquele que estimula e incentiva seus alunos a refletirem, seja na ação, sobre a ação ou na reflexão sobre a ação. Por isso, é imperativo que este profissional seja um "professor-pesquisador" – capaz de despertar em seus alunos curiosidade, discussão e interesse pela busca de novas idéias e conceitos – e tenha uma atitude de estímulo, incentivo, receptividade, responsabilidade e empenho. A reflexão crítica não deve ficar circunscrita à sala de aula, mas contemplar o universo compreendido pela instituição de ensino, comunidade e sociedade.
Se "aprender é aprender a pensar", podemos concluir que "ensinar é ensinar a pensar", e este é o papel do "Professor Reflexivo". Pelas palavras de Dewey de que "ninguém é capaz de pensar em alguma coisa sem experiência e informação sobre ela", voltamos à nossa questão original sobre teoria e prática: se queremos "pensar" sobre alguma coisa, temos de ter a experiência e a informação sobre ela. Teoria e prática são, portanto, elementos indissociáveis da mesma moeda: o conhecimento humano.
FONTE: TEXTO DE Armando Terribili Filho

O MULTICURSO nos faz repensar a nossa prática pedagógica sob diferentes esferas quando:

* questiona sobre O papel do Professor na Educação do Século XXI.
* indaga sobre os aspectos prioritários para que, por meio do currículo, a escola cumpra seu papel na formação dos alunos.
* pergunta sobre qual o papel da Escola, se é para o mundo do trabalho ou para a formação para a vida?
* faz puxar pela memória aos lembramos da nossa trajetória profissional.
* faz analisar os princípios que norteiam algumas teorias e metodologias como o CONSTRUTIVISMO, nos instigando a fazer a defesa de pontos de vista diferentes em relação a estas teorias.
* pede a nossa posição em se tratando do tema Conhecimento. Se o papel do professor seria o de ensinar, transimtir, mediar ou facilitar?
* traz as colocações de Fernando Hernandes, educador espanhol que defende o currículo por projetos em contraposição ao modelo tradicional de organização por disciplina.
* faz refletir de que forma a interdisciplinariedade pode ser abordada em uma proposta por meio de projetos. Entre tantas outras questões.
Iremos destacar nas próximas postagens o tema: Professor Pesquisador: um novo olhar sobre o exercicio da profissão. Sua opinião é sempre importante!

sexta-feira, 13 de junho de 2008

UMA PARADA A MAIS PARA REFLETIR!


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Em nossos encontros sempre realizamos um momento de sensibilização para o tema proposto. No dia (05/06) apresentamos a mensagem AREIA. Deixe aqui seu comentário!

quinta-feira, 12 de junho de 2008

AS APARÊNCIAS ENGANAM!

O GRUPO DESAFIO DEDICA ESSE VIDEO À TODOS OS PROFISSIONAIS QUE PRECISAM MATAR UM LEÃO POR DIA E POR GOSTAREM DAQUILO QUE FAZEM NUNCA DESISTEM!

segunda-feira, 9 de junho de 2008

O papel do Professor frente a integração das mídias


Utilizar mídias na prática pedagógica nem sempre significa integrá-las a ela. Muitas vezes os educadores as utilizam como um complemento das aulas, mas não aproveitam o potencial inovador das tecnologias, de forma que estas servem apenas para reforçar velhas práticas. A integração das mídias ocorre à medida que os educandos, através de seu uso, encontram oportunidades de construir seu conhecimento, através da mediação do professor.O professor somente consegue integrar as mídias ao seu fazer pedagógico quando tem uma postura diferente da tradicional, em que ensinar é transferir conhecimentos. Quando o foco sai do professor, para priorizar o aluno, como um sujeito na construção do seu conhecimento, certamente as mídias exercem um grande papel como ferramentas auxiliares nesse processo.O educador precisa saber contextualizar a aprendizagem, o que é significativo para os educandos, trabalhando com projetos do interesse dos mesmos, partindo da realidade vivenciada. Deve dar espaço para que desenvolvam competências através da significação e resignificação das informações, transformando-as em conhecimentos. Um exemplo de atividade que pode integrar as tecnologias é a webquest, metodologia de pesquisa realizada na internet , na qual o professor pode ser o autor, publicando a proposta. Os alunos buscam informações que deverão ser transformadas em conhecimentos realizando tarefas lançadas como desafios. Nessa metodologia, os educandos aprendem a trabalhar de forma colaborativa, refletindo sobre as informações ao invés de simplesmente copiar e colar, como muitas vezes ocorre. Assim também em outras ferramentas nas quais é possível interagir, os educandos ganham autonomia e aprendem a pensar.

Obviamente é preciso que o educador compreenda as linguagens midiáticas e isso só poderá ocorrer com formação continuada, através de redes colaborativas em que haja trocas de informações e saberes entre os pares. A curiosidade de aprender a aprender é fundamental para que a reflexão e a mudança sobre a prática ocorram. O educador precisa ter a competência de ser um aprendiz., ser pesquisador. De buscar a própria formação, inserindo–se em listas de discussão, participando de fóruns, buscando parcerias de trabalho em comunidades virtuais e também entre os colegas da escola.Moran afirma que “faremos com as tecnologias mais avançadas o mesmo que fazemos conosco, com os outros, com a vida. Se somos pessoas abertas, as utilizaremos para comunicar-nos mais, para interagir melhor. Se somos pessoas autoritárias, utilizaremos as tecnologias para controlar, para aumentar o nosso poder. O poder de interação não está fundamentalmente nas tecnologias, mas nas nossas mentes”. Utilizar a internet ou outras mídias apenas para receber informações é reforçar a idéia do professor detentor do saber. Paulo Freire buscava fundamentar o ensino-aprendizagem em ambientes interativos, através de recursos audiovisuais. Ele deixou claro a importância da comunicação no processo de construção do conhecimento e que este acontece em outros lugares além da escola.Através da interação é possível que o educando passe a ser autor e não mero receptor. O educador deve ser instigador da reflexão e mediador no processo de construção do conhecimento.

domingo, 8 de junho de 2008

O PROFESSOR FRENTE AS NOVAS TECNOLOGIAS

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Fonte: http://blogosferamarli.blogspot.com/